far out

20 de janeiro de 2007

tilintando

dentro dos maiores silêncios, desconhecidos de quase tod@s, olho para fora, com a janela aberta, e vomito a tristeza pelos olhos.

estou, hoje, sentado nesta sala, que, como todas as salas onde estive sentado, nunca foi minha, a escutar as palavras sagradas... ouÇo-as. sem as entender, o que me satisfaz bastante.

as palavras sagradas não têm origem única nem dono nem bíblia. as palavras sagradas fazem parte de momentos silenciosos. onde o pobre de espírito se sente feliz por estar envolvido num espectro de verborreia filosófica incompreensível. se calhar até se trata de metafísica, mas que importa. sinto-me bem neste meio quasi-liquído em que alguém se digna emitir sons por meio próprio ou artificial.

estendo a mão à porta da igreja e enterro boina na cabeÇa para mostrar vergonha. vergonha, o meu maior pecado, que os benévolos consideram maior sinal de humildade... para mim apenas riqueza... a possível... tilintando.

Sem comentários: